quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

20 de dezembro em Belo Horizonte - Repúdio e Solidariedade

No dia 20 de dezembro o centro e centro-sul de Belo Horizonte acordaram pichados e com cartazes colados.

Anarquista(s) anônimx(s) atuaram na noite de 19 de dezembro, pichando bancos, paredes, colando cartazes (sticks) em protesto ao assassinato de Alexandros Grigoropoulos, anarquista grego assassinado pela polícia.

Eis um texto dx(s) anarquista(s):

20 de dezembro: sem clima natalino. O clima é tenso, de gigantes agitações, de assassinatos, de opressão, de um movimento que por muito tempo vem sobrevivendo e crescendo com base no ódio e na revolta chegar a explodir, por não agüentar mais as atrocidades do Estado e de todo o sistema capitalista. Não somos marionetes, não somos programados, sabemos onde estamos vivendo e como estamos vivendo, e é por isso que somos anarquistas; não somos cúmplices.

Sim; somos inimigos mortais do Estado e suas derivações coercivas, pois ele oprime a liberdade que faz com que o povo prospere; ele não quer o povo conscientizado, porque sabe que irão contra ele; ele então, com todas suas forças, oprime todos aqueles que têm por auto-função conscientizar o povo e tentar destruí-lo. Nós, em contrapartida, por esses e outros vários motivos, somos estes; queremos conscientizar o povo, queremos nossa emancipação, dos estudantes, trabalhadores, da classe sofrida e explorada, e todo aquele que nos intervir sofrerá as conseqüências. Não esperamos governo, reforma, pois já se passaram centenas de anos e a história nos prova que nada mudou e com certeza nunca mudará; a independência do trabalhador é obra do próprio trabalhador.

Não queremos guerras, queremos a paz, harmonia; não queremos a desordem, queremos a ordem, a organização dos trabalhadores; mas o governo coloca a sua mão sobre o povo, e impede que este se mova, seja por via de leis, de opressão mascarada, ou por via da força, da polícia fascista. E foi isso que aconteceu.

Alexandros Grigoropulos, manifestante anarquista grego assassinado. Em uma manifestação violenta de um grupo de anarquistas, a policia atirou contra os jovens assassinando diretamente Alexandros. Tal fato foi o estopim para o movimento grego não suportar mais o Estado fascista. Eclodem gigantes manifestações, confrontos violentos com a policia, e não só os jovens estudantes, mas todo o povo: trabalhador, desempregado, e todo aquele que é explorado e oprimido. Chega uma hora que o povo não agüenta mais, não consegue mais sustentar tanta podridão na sua frente. A Grécia está em estado de guerra civil, calamidade pública.

E, sabemos que para a notícia chegar de lá para cá, é função dos meios de comunicação, e isto é horrível. Grandes emissoras capitalistas, que já têm como fama a manipulação das massas, com toda certeza corroem a notícia, tornando os rebelados como desordeiros, etc. A globo, por exemplo, mencionou que ?vários são anarquistas, em plena terra-mãe da democracia?, como se anarquismo fosse desordem. Não podemos confiar na mídia. Vale lembrar, que se quiser saber a realidade do movimento, acesse www.midiaindependente.org.

20 de dezembro: sem clima natalino.

20 de dezembro de 2008, foi clamado pelos manifestantes gregos o dia internacional de repúdio ao assassinato e todos os outros crimes de Estado contra o povo. E não estamos mortos no Brasil: Belo Horizonte amanheceu no dia 20 com bancos pichados, vários outros lugares pichados, com sticks colados nas paredes, em bancos, etc. Não ocorreu uma manifestação em repúdio, mas sim algo ilegal como protesto. As agitações em Belo Horizonte não acabarão. Segue uma série de fotos de pixações e sticks, porém não foram tiradas fotos de todas as pixações e sticks, têm muito mais espalhados pelo centro e bairros arredores do centro de Belo Horizonte. Infelizemente tentaram pixar a prefeitura, até conseguiram, mas não saíu muito bom, pois tinham guardas municipais.

Veja as fotos (clique para ampliar):


Na prefeitura

Stick (cartaz)

No Banco do Brasil

No prédio o qual tem a comunidade grega

No prédio o qual tem a comunidade grega

No banco Bradesco, na Av. Amazonas

No banco Bradesco, atrás da prefeitura

No banco Bradesco, atrás da prefeitura

No ministério da Fazenda